O tempo passou e cem dias ficaram para trás desde aquela manhã do dia vinte e seis de março. Uma queda durante uma caminhada rendeu arranhões nas mãos e nos braços. O braço esquerdo ficou mais dolorido por ter recebido o peso do meu corpo.
Chegando em casa lavei os ferimentos e passei a tratar as dores com remédios em spray. No entanto o alívio era por um curto período de tempo. Resolvi então comparecer na emergência do Hospital XV. Como as radiografias não mostravam nenhuma fratura o médico prescreveu anti-inflamatório e pediu que eu retornasse depois de três dias.
Por precaução mantive o braço imobilizado neste período e aos poucos notei um alívio nas dores. Voltei ao hospital no dia marcado para a avaliação. Após realizar alguns testes o médico identificou uma bursite e solicitou uma ressonância magnética para uma melhor avaliação do estado do meu ombro.
Voltei alguns dias depois com o laudo do exame. Além da bursite diagnosticada anteriormente as imagens mostravam uma fratura sem deslocamento da cabeça do úmero na intersecção com o manguito rotador.
Segundo o laudo os ligamentos e os tendões foram preservados. Fiz vários questionamentos a respeito da fratura e as explicações do médico me deixaram bem mais tranquilo. Ele então prescreveu sessões de fisioterapia para recuperar a mobilidade do braço.
No início a limitação de movimentos era bem nítida e demorou algumas semanas para que uma melhora fosse notada. Mas eu sabia que a minha recuperação seria lenta e um dia a melhora seria percebida.
Alguns dias antes de a fratura completar três meses consultei um ortopedista especialista em ombro. Ele explicou como é o processo de cicatrização de uma fratura e que no meu caso o processo deveria estar concluído.
Agora a nova etapa do tratamento consistirá no fortalecimento dos músculos.