Na manhã de hoje visitei o Palácio da Alvorada.
O palácio é designado como a residência oficial do Presidente do Brasil. Situa-se às margens do Lago Paranoá, tendo sido o primeiro edifício inaugurado na Capital Federal, em 30 de junho de 1958.
Embora o presidente da República tenha no Palácio da Alvorada suas dependências para estudos e leituras, além de lá pernoitar, o Gabinete Presidencial está situado no Palácio do Planalto, onde o mandatário da Nação realmente recebe autoridades, despacha e cumpre seus deveres de Chefe de Estado e de Governo.
O Alvorada é uma construção revestida de mármore e vedada por cortinas de vidro, cuja estrutura é constituída externamente de seus pilares brancos. Desta forma, o vidro proporciona uma certa integração entre espaço interior e exterior. Já as famosas colunas apoiam-se no terreno por um de seus vértices fazendo, aparentemente, desaparecer a ideia de peso – como que pousando o edifício no solo de Brasília.
O cálculo estrutural do engenheiro Joaquim Cardozo permitiu que as bases do Alvorada — assim como em outros palácios e na catedral de Brasília — ficassem delgadas: as colunas apenas tocam o chão, dando a impressão de que o edifício flutua no ar. A obra de Niemeyer foi apelidada eventualmente de barroca devido ao trabalho com a curva neste e em outros prédios da capital federal.
O formato diferenciado dos pilares externos da edificação deu origem ao símbolo e emblema da cidade, presente no Brasão do Distrito Federal. Tal formato foi, inclusive, largamente copiado em construções populares em todo o país, o que o tornou eventualmente sinônimo de uma estética kitsch quando aplicado em outros contextos.
O espelho d’água, que reflete a imagem do edifício, criando um espaço virtual infinito, é complementado por um grupo escultórico, As Iaras de Alfredo Ceschiatti, que parece flutuar à superfície da água, em uma materialidade que, segundo apontam críticos da arquitetura, parece fazer desaparecer a gravidade.
Fincada nos jardins junto a uma piscina com azulejos azul “brenand” e uma pérgola com churrasqueira, na ala leste do Alvorada, está a escultura Rito do Ritmos, de Maria Martins.
O edifício tem uma área de 7.000 metros quadrados distribuídos ao longo de três andares: subsolo, térreo e segundo andar. Localizado em edifícios adjacentes dentro de terras do palácio são a capela e o heliponto. O nível do porão abriga o cinema, sala de jogos, cozinha, lavanderia, centro médico e administração do edifício.