Na manhã do meu terceiro dia em Brasília visitei o Memorial JK. Foi projetado por Oscar Niemeyer, inaugurado em 12 de setembro de 1981 e é dedicado ao ex-presidente brasileiro Juscelino Kubitschek fundador da cidade de Brasília.
Logo que cheguei me deparei com o Ford Galaxie 500 ano 1974, o último carro particular de JK e que foi restaurado pelo Exército Brasileiro entre 19 de maio e 24 de agosto de 2010.
Na entrada um funcionária me orientou a respeito dos espaços do Memorial e que não era permitido tirar fotos com o uso de flash. Caminhei lentamente pela galeria com fotos e objetos que marcaram a vida de JK.
A galeria termina em um local com TVs que mostram a história de Brasília. Não existe um roteiro de visita, o visitante decide para qual espaço ele irá em seguida.
Na Sala de Metas há fotos que representam as metas definidas para o governo: energia, transporte, alimentação, indústria de base e educação. Em destaque estão um retrato em tamanho natural do Presidente pintado por Cândido Portinari em 1956 e a ampliação a carta escrita por JK em 1961, dirigida ao povo brasileiro na sua despedida do governo.
Em um outro espaço está a reprodução da biblioteca particular do antigo apartamento no Rio de Janeiro. Entre as inúmeras obras há uma coleção de Shaekespeare presenteada pela Rainha Elizabeth II.
Perto dali está o gabinete onde Dona Sarah trabalhou desde a inauguração do Memorial.
No segundo piso e no centro do memorial me deparei com a câmara mortuária que recebe luz natural através de um vitral concebido por Marianne Peretti, que reflete tonalidades de cor de acordo com a posição do sol.
Também no segundo piso o memorial conta com inúmeras fotos, comendas, objetos de JK e Dona Sarah. Em destaque estão os trajes que eles usaram no baile da posse em 1956.
Retornando ao piso térreo me dirigi ao Café JK onde tive a oportunidade de saborear uma fatia de torta alemã e suco de morango.
Ao sair do Memorial percebi que permaneci pouco mais de duas horas ali dentro e tive a oportunidade de fazer uma fantástica viagem no tempo.
As informações eram tantas que em nenhum momento olhei no relógio e não tinha nenhuma vontade de sair dali.
Para finalizar a minha visita a este local incrível tirei uma foto ao lado de um casal muito simpático que estava sentado em um banco.
Em seguida fui visitar a Catedral de Brasília que estava fechada na quinta-feira. É a catedral católica que serve a Brasília e é a sede da Arquidiocese de Brasília.
Sua pedra fundamental foi lançada em 12 de setembro de 1958 e a sua estrutura ficou pronta em 1960, onde apareciam somente a área circular de setenta metros de diâmetro, da qual se elevam dezesseis colunas de concreto (pilares de secção parabólica) num formato hiperboloide, que pesam noventa toneladas.
Foi concluída e dedicada em 31 de maio de 1970. Seus vitrais são de autoria da artista plástica Marianne Peretti.
Entrei lentamente e passei a admirar a beleza interna da Catedral. Olhei para um lado, para o outro e depois para cima.
Fiquei impressionado com toda aquela maravilha. Sentei em um dos bancos e fiz as minhas orações.
Inúmeras pessoas das mais diversas regiões do Brasil e até de outros países tiravam muitas fotos daquele local maravilhoso e repleto de energia positiva.
Ao deixar a Catedral resolvi ir caminhando em um ritmo lento até a Torre de TV de Brasília, torre de transmissão televisiva inaugurada em 1967 e com 224 metros de altura.
Foi projetada por Lúcio Costa e é um dos poucos edifícios de Brasília que não são criação do Niemeyer.
Como o mirante está em reforma o acesso não é permitido.
Perto dali está o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, inaugurado em 1974 e faz parte do Complexo Esportivo Ayrton Senna, que engloba o Ginásio de Esportes Nilson Nelson e o Autódromo Internacional Nelson Piquet.
Depois retornei para o meu hotel e após tomar um banho fui almoçar no Pátio Brasil Shopping. Fui até o cinema mas como não tinha nenhum filme interessante para assistir resolvi ir até o Parque Sarah Kubitschek.
A minha intenção era fazer uma caminhada pelo parque e perceber a energia positiva do local de realização da corrida de domingo. Há pistas específicas para caminhantes, corredores, ciclistas, patinadores e skatistas.
Segui lentamente e fui admirando a paisagem. Em um determinado momento me deparei com um gavião carcará atravessando a pista. Me aproximei com muito cuidado para tirar um foto dele.
Trata-se de uma espécie de ave de rapina da família dos falconídeos. Mede cerca de 60 cm de altura e a sua envergadura chega a 123 cm.
Pode ser encontrado no centro e no sul da América do Sul.
Continuei caminhando e mais adiante me deparei com um exemplar da coruja-buraqueira. O nome é devido ao fato de viver em buracos cavados no chão.
Apesar de ser capaz de cavar o próprio buraco ela prefere buracos abandonados de outros animais, como os tatus. Tem hábitos diurnos e pode ser encontrada do Canadá à Terra do Fogo, bem como em todo o Brasil com exceção da Amazônia.
Enfim, o passeio de sábado foi bastante gratificante e enriquecedor. Saindo do parque fui ao shopping fazer um lanche e em seguida retornei para o hotel.
Tomei um banho relaxante e me preparei para escolher o tênis que usaria no domingo. Decidi pelo Adizero Adios Boost e deixei tudo preparado.