BLOG DO NORMAN

Depois de ter enfrentado várias provas de 10 km durante o ano de 2016 e no início de 2017 chegou o dia de encarar os 21 km da Meia Maratona Ecológica de Curitiba.

A distância de 21 km não significa 10 + 10 + 1, pois tem muitos fatores envolvidos durante a corrida. Sendo assim preferi manter um ritmo de trote lento. Ao longo do percurso recebi várias palavras de incentivo, principalmente quando passei da marca dos 17 km.

Ao passar em cada cruzamento procurava cumprimentar quem estava ali para ir recolhendo energias positivas. Em um certo momento vi uma garota vindo em sentido contrário. Ao bater na minha mão ela resolveu me acompanhar.

Seguimos juntos por cerca de dois quilômetros. Como ela não tinha número de inscrição perguntei o seu nome quando nos separamos e agradeci a sua companhia.

Continuei no trote lento acelerando um pouco nas descidas. Quando me aproximei da marca de 20,4 km o carro da Setran parou ao meu lado e o motorista informou que estava estourado o prazo de três horas e eu não poderia mais contar com o apoio.

Fui para a calçada e continuei no mesmo ritmo. Ao chegar na rotatória em frente da Prefeitura vi que tinha cerca de duzentos metros até a linha de chegada. Era o momento de usar o pouco de energia que me restava.

Contornei a rotatória e quando ia acelerar as passadas senti a panturrilha esquerda. Comecei a mancar e logo lembrei do meu ídolo Ayrton Senna nas voltas finais do GP do Brasil de 1991. Muitos pensamentos passaram pela minha cabeça naquele momento.

Olhei para o lado e vi várias pessoas me incentivando e mandando energias positivas. A dor passou e eu consegui cruzar a linha de chegada. Enfim, é muito difícil  descrever o que senti depois de concluir a prova.

 

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