15/03 – CORRIDA NOTURNA UNIMED
Esta foi a minha segunda corrida noturna em 2015. A primeira delas foi em janeiro na Barigui Race e agora foi a vez da Corrida Noturna Unimed. Para promover a prova os organizadores utilizaram uma capivara, um dos animais que habitam o Parque Barigui. Durante vários dias foram divulgados vídeos da Capi treinando pelas ruas e parques da cidade.
Esta corrida não fazia parte da minha lista de corridas que pretendo participar ao longo do ano, mas algumas semanas antes do término das inscrições resolve participar. Cheguei ao campus da Universidade Positivo faltando cerca de uma hora e meia para a largada. As condições climáticas não eram muito animadoras. Por causa da chuva que caía os participantes preferiram permanecer em um local coberto próximo da largada.
Estava consciente das dificuldades que enfrentaria durante a prova. Larguei com muito cuidado e logo acionei a minha lanterna que mostraria a sua utilidade logo nos primeiros metros. Para enorme surpresa dos participantes os postes de iluminação do campus estavam apagados.
Correr no asfalto no molhado e no escuro se tornou algo muito perigoso. A minha lanterna iluminava alguns metros na minha frente e a luz era refletida nos tênis e camisetas. Estes eram os pontos de referência.
Por causa das condições adversas da prova preferi fazer uma corrida conservadora sem forçar muito o ritmo. Quando tinha espaço disponível aproveitava para acelerar um pouco e o Adios Boost correspondia imediatamente.
Como estava sem a minha mochila de hidratação senti a falta de água ao longo do percurso. O posto de hidratação estava localizado na marca dos 3,5 km. Não me preocupei com o tempo percorrido, segui no meu ritmo e quando possível acelerava as minhas passada.
Cruzei a linha de chegada com 37 minutos e 46 segundos. Logo adiante estavam as barracas com distribuição de água, frutas e isotônico.
Apesar de tudo valeu a pena participar da corrida e somar mais cinco quilômetro pra conta.
22/03 – ENZO DAY
A corrida Enzo Day marcou o encerramento da semana que homenageou o menino Enzo Feltrin Nunes de 4 anos, que tratava uma doença genética rara, chamada Anemia de Fanconi.
Infelizmente, o Enzo não sobreviveu, mas deixou uma enorme responsabilidade: alertar sobre sua doença e mobilizar doadores. Este foi o motivo que uniu a sua família, os médicos, o Hospital Nossa Senhora das Graças, a Prefeitura de Curitiba e outras entidades na divulgação da causa.
Como não conhecia o percurso não defini nenhuma estratégia para a corrida. Além disso, a causa nobre da prova era bem mais importante do que simplesmente baixar o meu tempo. De acordo com o locutor eram mais de três mil participantes entre as categorias de corrida e caminhada.
Por causa do grande número de participantes o meu ritmo inicial foi lento. O terceiro quilômetro foi muito ruim, pois não consegui fazer ultrapassagens. Consegui me recuperar no quarto quilômetro, quando aproveitei para acelerar um pouco o ritmo das passadas.
Em um determinado momento eu estava muito rápido e involuntariamente toquei no calcanhar de um corredor que estava logo na minha frente. Felizmente não aconteceu nenhum acidente, pedi desculpas e segui adiante.
Não me preocupei com o meu tempo, afinal de contas o meu terceiro quilômetro tinha sido muito ruim. Quando tinha um espaço disponível aproveitava para acelerar o ritmo e fazer algumas ultrapassagens. Terminei a prova com o tempo de 37 minutos e 57 segundos.
Enfim, valeu a pena ter participado desta prova, ganhar mais uma medalha e somar mais cinco quilômetros para a conta. Quando cruzei a linha de chegada ao meu lado tinha um pai com o filho na cadeira de rodas. Alguns instantes depois de ter recebido a minha medalha reencontrei os dois no momento em que o pai estava colocando a medalha no filho.
Parabenizei ambos e o filho me olhou sorrindo e disse “Muito obrigado! Parabéns pra você também!”. Foi impossível conter as lágrimas, mas posso dizer que este momento valeu o domingo.