Este corrida foi muito significativa para mim, pois marcou o meu aniversário de seis anos no mundo das corridas de rua. Desta vez contei com a companhia de um casal de amigos durante todo o percurso de vinte e um quilômetros.
O planejamento inicial era completar a prova em um tempo de 02 horas 50 minutos. Para tanto teria que manter um ritmo médio de 8 minutos/km. Larguei em um ritmo muito forte que me permitiu acumular uma vantagem de tempo. Apenas no km 7 consegui atingir o ritmo planejado. Passei pela marca de oito quilômetros sem nenhuma vantagem.
Tinha mais alguns quilômetros até chegar na metade da prova. As características do percurso me obrigaram a reduzir o meu ritmo e passei a acumular um atraso em relação ao tempo alvo. Próximo do km 11 senti uma dor na panturrilha direita e imediatamente passei a andar.
Quando a dor passou iniciei um trote leve. Naquele momento veio no meu pensamento o que eu passei na meia maratona no mês de maio. Mas desta vez contava com dois amigos ao meu lado para me incentivar.
Em um dado momento o meu amigo falou que deveria pensar em quantos quilômetros faltavam para o final e que a cada passo dado eu estaria mais perto do meu objetivo.
As dores me impediam de correr em um ritmo mais rápido mesmo sabendo que faltava pouco para chegar. O tempo de três horas era inatingível naquelas circunstâncias.
Faltando cerca de quinhentos metros podíamos ver várias pessoas nos aplaudindo. Um amigo que estava de moto foi nos escoltando até o final do percurso. Depois de passar pela linha de chegada muitas pessoas que sequer conheço vieram conversar comigo e me parabenizar.
Assim é o maravilhoso e fascinante mundo das corridas de rua. Enfrentamos desafios, sentimos dores, sofremos, choramos, recebemos incentivos e muita energia positiva.
Difícil apontar qua a corrida mais marcante, algumas marcaram pelas dificuldades do percurso e outras por terem representado a quebra de um recorde.