No dia 18 de setembro de 2011 resolvi fazer uma caminhada nas ruas próximas da minha casa. Foram 6,84 km em uma hora. No dia seguinte consegui percorrer uma distância maior no mesmo tempo.
A caminhada se tornou um hábito e aos poucos o condicionamento foi melhorando. Certo dia vi uma reportagem sobre a Caminhada do Coração, promovida por um hospital de Curitiba.
Compareci no dia e local divulgados e lá encontrei um número enorme de pessoas das mais diversas idades, inclusive muitas delas pacientes do Hospital Cardiológico Constantini.
Saímos em um ritmo lento da Praça do Japão em direção ao Parque Barigui. Foram cerca de 4,7 km em cinquenta minutos. No caminho eram feitas algumas pausas para que as pessoas pudessem descansar um pouco.
Chegando no parque haviam diversos ônibus para levar os caminhantes de volta para a praça. Apesar do ritmo ter sido bem mais lento do que eu estava a costumado a caminhada foi muito positiva.
Continuei com o habito de caminhar diariamente e em agosto de 2012 resolvi participar de uma corrida de rua.
Escolhi a distância de cinco quilômetros. Enfrentei algumas dificuldades ao longo do percurso mas consegui completar a prova em pouco menos de quarenta minutos.
Apesar de ter ficado ofegante em alguns momento posso dizer que esta primeira corrida foi uma experiência interessante.
Naquele dia sequer imaginava que aquela tinha sido a minha estreia no mundo das corridas de rua.
Com o passar do tempo surgiram novas oportunidades para participar de outras corridas e acordar cedo nos domingos passou a ser algo normal para mim.
Cada corrida um percurso diferente pelas ruas de Curitiba, com subidas, descidas e muitos desafios. Algumas corridas foram tranquilas e outras bastante desafiadoras.
A evolução foi natural, aprendi a controlar o meu ritmo ao longo do percurso e fui melhorando o meu condicionamento. Além de proporcionar uma melhora na qualidade de vida a prática da corrida nos permite formar amizades.
Instantes antes da largada de uma corrida não sabemos se quem está ao nosso lado é um médico, advogado, engenheiro, professor, etc. Cada um de nós tem os seus objetivos. Alguns corredores são competitivos, buscam terminar entre os primeiros e/ou conseguir bater o seu recorde pessoal. Outras pessoas estão ali para correr por prazer sem preocupação com o tempo.
No entanto todos estão em busca de uma melhor qualidade de vida e dispostos a compartilhar a sua energia positiva.
Depois de de três anos participando de corridas de rua chegou o momento de deixar a zona de conforto das provas de cinco quilômetros. Em 2016 enfrentei o desafio das corridas de dez quilômetros. Demorei um pouco para me adaptar a nova distância.
Em 2017 tive a oportunidade de participar de duas meias maratonas em Curitiba. Foram provas muito desgastantes mas posso dizer que aprendi bastante em cada um dos quilômetros percorridos.
Desde que comecei a correr participei de provas nas distâncias de 5, 10, 15 e 21 quilômetros. Cada uma delas teve as suas dificuldades, os seus desafios e muita emoção na chegada.
Apesar de ter participado de quatro meias maratonas (duas em 2017 e duas em 2018) ainda não me considero preparado para enfrentar os 42.195 metros da maratona.
Posso dizer que nestes sete anos longe do sedentarismo formei muitas amizades e reencontrei algumas pessoas que eu não via há anos e que também fazem parte do emocionante e fascinante mundo das corridas.
Sem dúvida é muito gratificante saber que hoje sou um exemplo para muita gente que tinha vontade de deixar o sedentarismo de lado mas não sabia como começar.
Para 2018 estabeleci o desafio de percorrer a distância de seiscentos quilômetros até o final do ano. Elaborei uma planilha para controlar a quantidade de quilômetros percorridos a cada mês.
Portanto, a média mensal deveria ser de cinquenta quilômetros mensais. Mas já no primeiro mês ultrapassei esta marca.
Sendo assim fui acumulando uma vantagem nos meses seguintes e deverei atingir os 600 KM antes do prazo.