O dia dezenove de novembro marcou a minha estreia na distância de 42 KM. Até então tinha enfrentado uma meia maratona em maio e outra em agosto, ambas em um tempo superior a três horas.
Apesar dos treinos sabia das dificuldades que enfrentaria ao longo do percurso.
Larguei com calma e procurei manter um ritmo lento. No entanto, a partir do KM 8 em vários pontos fui pressionado psicologicamente por esta fora do ponto de corte. Sem dúvida foi um fator que afetou o meu emocional.
Passei a observar as faixas com os horários dos bloqueios e calcular a diferença de tempo.
Por causa de dores na perna esquerda tive que reduzir o meu ritmo e o atraso foi aumentando. Enquanto dava passadas lentas tinha que decidir entre parar e continuar.
Estava correndo sozinho e a falta de segurança pesou na minha decisão de parar. Quando me aproximei do KM 17 me dirigi ao posto de hidratação e comuniquei que a minha corrida terminava ali.
Faltavam 4 KM para a metade do percurso e o atraso era de vinte e quatro minutos.
Foi difícil tomar a decisão mas não me arrependo. O que poderia acontecer nos 25 km restantes? Tanto poderia melhorar meu ritmo como poderia me complicar com uma lesão.
Infelizmente não foi a maratona que imaginei. Mas agradeci cada pessoa que compartilhou comigo a sua energia positiva.
Em 2018 não participei da Maratona de Curitiba porque na mesma data estava em Brasília. Em 2019 corri a prova de 10 KM. Esperava enfrentar os 42 KM em 2020, mas a pandemia de COVID-19 mudou os planos.