A corrida deste domingo tinha um significado muito importante. Afinal de contas seria a minha sétima meia maratona e marcaria o meu aniversário de sete anos no mundo das corridas de rua.
A largada foi antecipada para às seis horas, portanto antes do dia amanhecer. A temperatura de 2ºC indicava que enfrentaria uma corrida difícil.
O objetivo era completar o percurso em menos de três horas, também conhecido como SUB3. Conhecendo as características do percurso eu sabia das muitas dificuldades que enfrentaria ao longo dos vinte e um quilômetros.
Sendo assim procurei manter um ritmo confortável e segui tranquilo administrando o tempo. Dividi o percurso em três parte de sete quilômetros.
Completei a primeira parte em 57:00, o tempo projetado era de 59:58. Fui em frente e acelerava um pouco nas descidas.
Cheguei na marca dos quatorze quilômetros com o tempo de 1:58:01 enquanto o projetado era de 1:59:56. Portanto considerando dois terços da prova completados o tempo SUB 3 era viável.
Ao chegar na placa que marcava os 17 km o meu tempo era de 2:24:54, bem perto do tempo projetado de 2:25:38. A partir de então o meu ritmo passou a ficar muito lento e ao chegar na placa dos 18 km o meu tempo estava acima do projetado.
Faltando três quilômetros para o final mudei a minha estratégia. Cruzar a linha de chegada não era mais prioridade. O mais importante era terminar bem.
Ao completar os vinte quilômetros senti uma dor na panturrilha esquerda. Fiz uma breve parada, alonguei um pouco, respirei fundo e segui bem lento no último quilômetro.
Mesmo percebendo que a dor tinha passado preferi continuar em um ritmo lento, pois temia que a dor voltasse mais perto do final.
Cruzei a linha de chegada com 03:06. Fiquei contente com o resultado diante de todas as dificuldades enfrentadas.
Antes, durante e depois da corrida tive a oportunidade de receber muita energia positiva de várias pessoas.
Recebi muito cumprimentos pelos meus sete anos no mundo das corridas de rua.