Foi no mês de setembro de 2011 que decidi deixar de lado o sedentarismo e passei a praticar caminhadas. Comecei ao poucos, um passo de cada vez caminhando nas ruas próximas da minha casa. É claro que nos primeiros dias chegava em casa com dores, mas logo o condicionamento foi melhorando.
Algumas semanas depois tive a oportunidade de participar da 8ª Caminhada do Coração , evento que é promovido anualmente pelo Hospital Cardiológico Constantini. Consiste em percorrer caminhando uma distância de aproximadamente quatro quilômetros e meio.
Entre os participantes podem ser encontradas pessoas das mais diferentes idades, desde crianças até octagenários, inclusive muitos pacientes safenados. Logo que cheguei na Praça do Japão pude ver várias pessoas na fila aguardando para pegarem a sua camiseta e o seu balão em forma de coração. Como ainda era cedo o grupo era pequeno, aos poucos foi aumentando e quando chegou o horário para o início da caminhada já era um número imenso.
Lentamente fomos seguindo em direção ao Parque Barigui sem nenhuma preocupação em saber quem chegaria antes. Afinal de contas o principal objetivo era exercitar o coração. Enquanto caminhava pude conversar com diversas pessoas com as quais troquei experiências e aprendi bastante.
Foi uma experiência muito significativa que me incentivou a continuar com as minhas caminhadas. No mês de agosto de 2012 participei da minha primeira corrida de rua e o desafio seria encarar os cinco quilômetros da Corrida e Caminhada da Esperança. Completei o percurso em 39 minutos 51 segundos e conquistei a minha primeira medalha.
É muito difícil descrever o sentimento ao cruzar a linha de chegada. Cada corredor tem uma reação diferente ao chegar ao final de uma prova, seja qual for a distância percorrida. Enfim, este é um momento de vitória pessoal. Posso dizer que fiquei muito contente com a minha estreia nas corridas de rua.
Com o passar do tempo vieram novas corridas com os seus percursos desafiadores. Nem sempre foi possível melhorar o meu tempo nos cinco quilômetros. Mas valeu a pena ter participado e ter enfrentado os meus limites. Além disso, por várias vezes pude reencontrar pessoas que conheci nas corridas anteriores.
Cada nova medalha era cuidadosamente guardada em uma caixa que em pouco tempo ficou pequena. Resolvi comprar um porta-medalhas para colocar nas portas do meu armário. Colocadas lado a lado as medalhas balançam e ao tocarem entre si produzem um som característico.
Hoje a minha coleção é formada por vinte e seis medalhas, incluindo um que ganhei por ter participado de um evento comemorativo dos vinte anos de uma loja especializada no comércio de artigos esportivos. No último final de semana fotografei cada uma das medalhas e em seguida formei um mosaico. Aliás, era algo que eu queria fazer há muito tempo, mas que por um motivo ou outro era adiado.
O resultado obtido foi este: