No dia 19 de novembro aconteceu a corrida mais aguardada do ano. O evento contou com a participação de 6.500 corredores das mais diversas partes do Brasil e até do exterior.
As provas foram de 5km, 10 km, revezamento (2 x 21 km) e 42 km. A maratona seria a seria a minha 100ª corrida desde agosto de 2012. Também seria a primeira vez que enfrentaria os 42 km.
Nas semanas que antecederam a maratona procurei manter a calma. Ao longo do ano participei de duas 1/2 Maratonas e fiz um treino de 28 km. Sabia das dificuldades do percurso e procurei a orientação de corredores que já fizeram a Maratona de Curitiba.
Larguei com tranquilidade e procurei manter um ritmo confortável, afinal de contas teria um longo caminho a percorrer. No início do km 2 fui atrapalhado por ciclistas que acompanhavam os corredores.
Aproximadamente na marca de 7,5 km fui avisado que estava quatro minutos atrasado. Fiquei tranquilo pois esta era uma diferença que poderia ser administrada ao longo do percurso.
Mais adiante um agente de trânsito que estava em um cruzamento me alertou que eu estava fora do ponto de corte. Olhei para trás e não consegui visualizar os dois corredores que tinha ultrapassado. Também não conseguia ver ninguém na minha frente.
Correr sem ter alguém como referência me deixou nervoso. Os bloqueios por onde eu passava já tinham sido desmontados. Ao passar pela placa de 12 km consegui ver um grupo de quatro corredores cerca de 800 metros na minha frente.
Apesar de estar em uma descida não consegui desenvolver uma velocidade suficiente para alcançar aqueles corredores que estavam mais adiante. Passei a verificar as faixas que avisavam sobre os horário dos bloqueios.
Percebi que a diferença de tempo tinha aumentado ao passar pela marca dos 14 km. Como não contava com a estrutura dos bloqueios tinha que seguir pela calçada e esperar para atravessar as ruas.
Correndo sozinho e sem nenhum apoio comecei a pensar em parar. Ao atravessar uma rua senti a perna esquerda ao subir no meio-fio. Fiquei preocupado pois tinha um longa distância pela frente. Reduzi o meu ritmo para uma caminhada lenta.
Ao me aproximar de um bloqueio notei que tinha um atraso de vinte e quatro minutos. Tinha percorrido 16,6 km e duas horas e meia. Pensei na distância que teria pela frente e nos riscos que correria.
Respirei fundo e encerrei a minha corrida no meu relógio. A minha maratona terminou ali. Fiquei chateado pois pretendia completar o percurso em seis horas. Apesar das dificuldades enfrentadas dentro do meu cronograma.
Passei pela placa dos 7 km com o tempo de uma hora e dos 14 km com duas horas e dois minutos. Deveria chegar nos 21 km com três horas e alguns minutos.
A maratona já faz parte do meu passado e dela vou levar lições que com certeza me tornarão um melhor corredor ao longo do ano de 2018.