Para este domingo eu tinha programado um desafio duplo. A primeira etapa seria a corrida de 5 KM da Batel Run com largada na Praça da Espanha, um lugar que fez parte da minha infância.
Ao chegar na praça aproveitei para dar uma volta. Ela passou por uma reforma recentemente e está bem diferente daquela que frequentei no início dos anos 70 quando morei perto dali na rua Saldanha Marinho. O dia ainda não tinha amanhecido mas pude notar a presença de vários jovens cujo comportamento indicava que estavam saindo da balada.
Tive a oportunidade de encontrar algumas pessoas conhecidas com quem conversei durante alguns momentos e desejei uma boa corrida. Alguns instantes antes da largada percebi ao meu lado um menino cadeirante ao lado do qual corri na corrida Stadium Marathon há duas semanas. Estava acompanhado do seu pai e parecia estar ansioso para participar de mais uma corrida.
Logo em seguida chegou uma mãe com um filho cadeirante. Apesar de os dois serem portadores de deficiências diferentes era possível ver que eles estavam interagindo bem. Ao ser dada a largada desejei uma boa prova e segui adiante.
Em um determinado local vi que alguns metros na minha frente tinha uma deficiente visual que corria acompanhada pelo seu guia. Fiquei do lado deles e parabenizei pelo bonito exemplo. Apesar da sua limitação ela estava lá correndo.
Como havia estudado as subidas e descidas do percurso decidi fazer uma corrida tranquila. Não tinha preocupação em melhorar o meu tempo. Poupei as minhas energias para o último quilômetro.
Ao cruzar a linha de chegada nem vi para o tempo que estava marcando no meu relógio, pois prefiro analisar em casa com mais calma. Peguei a minha medalha e os brindes do patrocinadores. Enquanto estava do guarda volumes para pegar a minha mochila um amigo me chamou.
Depois de conversar um pouco a respeito da prova segui para o meu segundo desafio do dia. Seria uma caminhada de dois quilômetros e meio do Hospital das Nações e o Jardim Botânico. Para chegar lá caminhei por algumas quadras até encontrar um ponto de táxi.
Por se tratar de uma caminhada a velocidade seria bem menor do que da corrida que eu tinha terminado há pouco tempo. No entanto seria uma boa oportunidade para relaxar a musculatura. Demoramos cerca de quarenta e cinco minutos para chegarmos ao Botânico.
Lá tinha uma estrutura montada com água e banheiros, além de medalhas para os participantes. Ao meu lado uma senhora ficou emocionada ao saber que iria ganhar uma medalha por ter participado de uma caminhada.
Aproveitei para dar os parabéns e dizer que esta medalha seria a primeira de muitas, pois eu também comecei com uma caminhada. Tirei algumas fotos e resolvi voltar para casa, poderia pegar um táxi mas escolhi caminhar.
E lá se foram mais dois quilômetros e meio de caminhada até chegar em casa. No final das contas foram cinco quilômetros de corrida, cinco de caminhada e duas medalhas.
Agora as atenções já estão voltadas para o desafio do próximo domingo. Será a corrida Track & Field Batel.